De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 548 mil candidatos foram registrados para disputar as eleições municipais de 2020. A principal diferença do perfil dos candidatos deste ano em relação a 2016 é que a maioria deles, 49,9% do total, se declararam pardos ou pretos.
Entre os candidatos do PCdoB, a porcentagem de pardos e pretos foi superior à média nacional. Dos 270 candidatos a prefeito pelo partido, 52,69% se declararam pardos ou pretos. Dos concorrentes a vice-prefeituras, mais de 70% disseram ser pardos ou pretos. Entre os candidatos a vereador, 67% disseram o mesmo.
Na média nacional, enquanto a maioria dos candidatos a vereador é negra (51%), a maior parte dos que concorrem a prefeito e a vice-prefeito é branca, com 63% e 59% dos perfis, respectivamente.
Segundo o TSE, o perfil médio dos candidatos deste ano é homem, negro, casado, com 46 anos e ensino médio completo. O Tribunal começou a coletar dados de raça em 2014, e esta é a primeira vez que o candidato médio é negro.
Os números divulgados pelo TSE ainda podem sofrer alterações após atualização dos dados pelo órgão ou devido ao indeferimento e renúncia de candidatos.
O PCdoB ao longo dos anos tem pautado esse tema em suas fileiras, encontros nacionais e locais refletem sobre o combate ao racismo e a necessidade da integração de todos na sociedade. Segundo o ex-presidente da Unegro e secretário adjunto de movimentos sociais, do PCdoB, Edson França, “o PCdoB está dando uma grande contribuição para o Brasil neste tema. Em duas grandes capitais, o PCdoB apresenta candidaturas negras vinculadas ao debate antirracismo”, como do deputado federal Orlando Silva, candidato à prefeitura de São Paulo e Olívia Santana, candidata à prefeitura de Salvador. “É preciso que todos os partidos olhem para este tema”, ressalta.
Por Maiana Diniz
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