Seis candidatos negros do PCdoB disputam o cargo de vereador em 5 cidades mineiras por meio de uma candidatura coletiva, o coletivo Nigéria, apresentada pelo movimento negro de Minas Gerais. O objetivo é diminuir a disparidade entre negros e brancos nas câmaras municipais do estado. As propostas para cada cidade foram construídas de forma unificada pela União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), por meio de conferências online que trataram sobre juventude, mulheres, cultura e outros temas.

O candidato do PCdoB a vereador em Belo Horizonte pelo coletivo Nigéria, Alexandre Braga, lembrou em entrevista ao jornal Brasil de Fato que “a coisa mais natural é chegar em uma Casa Legislativa e não ver um parlamentar negro”, e é com o objetivo de mudar essa realidade que o Nigéria foi criado. “Porque existe um apartheid separando brancos e negros nos espaços de poder do Brasil e de Minas”, afirma.

Representando o PCdoB na corrida pelo cargo de vereadores pelo coletivo estão, além de Alexandre Braga em BH, Negra Ágil, que participa da disputa em Betim, Vanessa Quilombola, em Bocaiúva, Lucilene Quilombola e Sidnéia Quilombola em Januária e Hilário Bispo em Montes Claros. O coletivo também tem candidatos do PT, PDT e da Rede.

As propostas do coletivo estão dispostas em 14 eixos: educação, saúde, turismo, mobilidade, juventude, esporte, cultura, assistência social, direitos humanos, economia, meio ambiente, mulheres, segurança e LGBTQ+. Conheça AQUI as propostas.

Acompanhe um vídeo com as ideias do coletivo Nigéria para a mobilidade urbana em BH:

Lançamento das propostas do Mandato Coletivo Nigéria

Lançamento das propostas do Mandato Coletivo Nigéria

Posted by Unegro Mineira on Sunday, October 4, 2020

 

De acordo com dados da União Nacional dos Vereadores, existem 57.420 mil cargos de vereadores nas 5.567 Câmaras Municipais no Brasil. A população negra não chega a 9% dos vereadores eleitos e são 20% dos parlamentares na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Fonte: Maiana Diniz com informações do BdF Minas Gerais