O candidato do PCdoB à Prefeitura de Belo Horizonte (MG), Wadson Ribeiro, participou de sabatinado feita pelos Diários Associados na capital mineira (Estado de Minas, Portal Uai e TV Alterosa) e apresentou suas principais propostas para a cidade, além de avaliar o contexto político e econômico do país. O candidato destacou o caráter facista do governo de Jair Bolsonaro e disse que queria queria ver o oponente na disputa eleitoral e atual prefeito de BH Alexandre Kalil (PSD), se posicionar sobre o governo federal.

“Achamos que o governo do Bolsonaro não é simplesmente de direita. Tem um caráter fascista, se pudesse ele fechava o Congresso, fecharia o Supremo. Diante disso, o PCdoB defende uma frente ampla, que cujo centro da frente tem que ser a questão democrática, tem que estar nessa frente quem defenda o estado democrático de direito, liberdade individual, funcionamento pleno do Congresso, das instituições, entidades sindicais, movimentos sociais. Todos que defendem isso, mesmo com divergências no campo econômico, deveriam estar juntos. Não subestimo o governo Bolsonaro, acho forte. Está em desgaste, mas é forte. E é forte pois houve desconstrução da política. Por isso minha crítica ao Kalil. Queria ver o Kalil se posicionando contra o Bolsonaro, pois quem se omite diante desse governo, de certa medida, é conivente.”, disse o candidato.

Wadson defendeu a importância de se criar, em 2022, uma frente ampla. “Não pode colocar um nome na frente agora, se não os carros ficam na frente dos bois. Se for Flávio Dino, ficarei feliz, porque é um governador competente, do Maranhão, do meu partido. Mas pode não ser, talvez seja outro nome, que tenham condição de aglutinar mais. O que acho ruim é que a gente precisa deixar de lado os hegemonismos.”, avaliou.

O candidato disse que gostou muito quando o ex-presidente Lula se reuniu com Ciro Gomes e com Flávio Dino, e apontou que partidos de direita também deveriam participar. “Tem setores do PSDB que poderiam estar nisso, do Democratas, tem que ser uma frente amplíssima, que isole o inimigo central. São aqueles que querem atacar a democracia, que acham que o Brasil é um terreno do Trump, que desprezam instituições, propagam ódio, homofobia, racismo, essa gente que precisamos isolar.”

Transporte público

Durante a entrevista, Wadson explicou como vai reduzir as passagens de ônibus da capital por meio de um fundo municipal. “Diferentemente do prefeito, estamos propondo construção de um fundo municipal que terá recursos de estacionamentos rotativos e de um percentual de aplicativos, como Uber e Cabify, como ocorre em São Paulo e Curitiba. Com isso, vamos subsidiar o transporte e propondo uma redução de R$ 4,50 para R$ 3,50. Também propomos gratuidade para estudantes e aos domingos, de modo a fazer um transporte mais acessível”, propôs.

O candidato também respondeu a perguntas sobre ações na área da saúde e defendeu investimentos na atenção primária, com foco em equipes de saúde da família. “Quando hospital está cheio, é porque a saúde e atenção primária não funciona. Queremos investir nessa atenção primária”, disse.

Assista a entrevista completa AQUI.

Maiana Diniz com informações do Estado de Minas