O pré-candidato do PCdoB à prefeitura de São Paulo, deputado federal Orlando Silva, conversou nesta quinta-feira (27) com os jornalistas Diogo Schelp e Maria Carolina Trevisan na TV UOL. O tema principal foi sobre sua pré-candidatura e suas propostas para a capital, sendo um deles o Programa Emergencial de Emprego e Renda.
Segundo Orlando, foi definido que a prioridade da sua candidatura e do plano de governo dele será a geração de emprego e renda. “Porque nós acreditamos que há uma crise gravíssima no país, sanitária e de saúde pública, que tem ceifado milhares e milhares de vidas, e essa crise vai crescer no plano econômico, sobretudo na forma do desemprego, então tem um conjunto de medidas de um plano emergencial que estamos elaborando, para enfrentar o problema do desemprego como prioridade política do nosso governo”, afirma.
E continua “nós também temos uma posição pela instituição de uma Renda Cidadã permanente, cujo debate existe há décadas no mundo, que inclusive foi introduzido por economistas liberais, e nós defendemos porque num país tão injusto e desigual como o Brasil, nós temos que garantir a dignidade mínima às pessoas”.
Sobre a pandemia da Covid-19 e o transtorno da reabertura das escolas, Orlando afirma ser um erro porque voltar a escola sem medida de segurança pode significar transformar a escola num ponto de irradiação de contaminação da Covid. Porque em São Paulo há uma população idosa relevante que convive, muitas vezes em condições precárias de moradia, com essas crianças que iriam para a escola “(…) então o foco deve ser preservar as crianças, suas famílias e os professores. O ano letivo você perde, uma vida não”, conclui.
Durante a entrevista, Orlando afirmou que sua candidatura “é de um projeto popular de São Paulo, mas é também uma candidatura anti-bolsonaro” e destaca “pelo que ele significa para o país, pelos riscos à democracia, pela restrição de direitos dos trabalhadores que ele representa, pelo risco de violação à soberania nacional e pela forma como ele se conduz nos temas da política internacional” e lamenta por Márcio França (PSB), seu concorrente na disputa pela prefeitura, ao dizer que o ex-governador “rompe com o campo progressista e repete o ‘Bolsodoria’.”
Ao lembrar a aliança entre o atual presidente e o governador João Doria (PSDB), em 2018, Orlando fala em “uma atitude oportunista daqueles que fazem qualquer coisa pelo poder”. “E não é assim. Eu apresentarei um projeto para a cidade.”
Por fim, ao ser questionado sobre o comunismo como uma palavra mal vista para algumas pessoas, ele defende que o PCdoB vai completar cem anos. “E eu, pessoalmente, tenho muito orgulho da história do Partido Comunista do Brasil, que é uma história que se confunde com a luta democrática, com a luta dos direitos dos trabalhadores e mais; os valores que inspiram os comunistas, são os valores da justiça, da liberdade, da democracia, é nisso que eu acredito.”
Confira a entrevista na íntegra:
*
Barbara Luzan
Com informações do UOL