As eleições gerais de 2022 começam, oficialmente, nesta terça-feira (16), com o fim da chamada “pré-campanha” e o início da campanha eleitoral propriamente dita. A partir de hoje, os mais de 25 mil candidatos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou nos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) já podem divulgar seus números, pedir votos e produzir materiais eleitorais.
Serão 47 dias de campanha até o primeiro turno, marcado para 2 de outubro. Nessa data, um domingo, 156 milhões de brasileiros – ou, precisamente, 156.454.011 – irão às urnas para uma série de escolha. São 8,5 milhões de eleitores a mais que em 2020, ano de pleito municipal.
Desta vez, cada eleitor pode votar em um presidente e um vice-presidente; um governador e um vice-governador; um senador e dois suplentes; um deputado federal; e um deputado estadual (ou distrital, no caso do Distrito Federal).
A eleição a cargos executivos (Presidência da República e governos estaduais) pode ser decidida em um turno só. Para isso, basta que um candidato tenha a maioria simples dos votos válidos (50% + 1 dos votos, excluindo-se os brancos e nulos). O segundo turno, se necessário, ocorrerá quatro domingos depois, em 30 de outubro.
O embate mais importante vai definir o próximo ocupante do Palácio do Planalto. Embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), polarizem a disputa, há outros nove concorrentes: Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), José Maria Eymael (DC), Felipe d’Avila (Novo), Leonardo Péricles (UP), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Vera Lúcia (PSTU).
Nesta segunda-feira (15), o Pros – que tinha registrado Pablo Marçal como pleiteante à Presidência – formalizou a retirada da candidatura e o apoio a Lula. Com isso, o ex-presidente passa a ter dez partidos em sua coligação.
A corrida nos estados também promete novidades, com forte renovação. Em São Paulo, nenhum dos 12 candidatos ao Palácio dos Bandeirantes em 2018 concorrerá novamente em 2022 – nem mesmo o eleito há quatro anos, João Doria (PSDB). Os nomes mais competitivos na disputa atual – como Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) – nunca haviam se candidatado a governador.
Caso semelhante ocorre no Rio de Janeiro, onde Wilson Witzel, que se elegeu governador em 2018 pelo PSC, não completou o mandato – ele sofreu impeachment no ano passado, foi afastado e está inelegível. Seu vice, Cláudio Castro, assumiu o cargo e é candidato à reeleição, tendo como principal adversário Marcelo Freixo (PSB).
Já os pleitos para o Legislativo se encerram, todos, no dia 2 de outubro. Além de 513 deputados para a Câmara Federal, serão eleitos 27 senadores – um por unidade federativa –, o que significa a renovação de um terço das 81 cadeiras do Senado. Nas Assembleias Legislativas, há 1.059 vagas em jogo, incluindo as 24 da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A data inaugural da campanha é igualmente marcada pela mudança na cúpula do Tribunal Superior Eleitoral. Às 19 horas desta terça, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski tomam posse, respectivamente, como presidente e vice-presidente do TSE.