Uma série de ações e manifestações em defesa da democracia, das urnas eletrônicas e contra o golpismo de Bolsonaro estão agendadas para os próximos dias. Movimentos sociais e sindicais, entidades, partidos políticos e diferentes segmentos da sociedade estão mobilizados para fazer frente à escalada autoritária da extrema-direita e garantir que as eleições transcorram de maneira livre e soberana.
“As urnas eletrônicas trouxeram segurança para o processo eleitoral no Brasil. Essa experiência, inclusive, serviu de exemplo para vários países. Bolsonaro reclama da lisura, mas foi através desse sistema que ele e seus filhos foram eleitos”, diz Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Ele destaca que o Fórum das Centrais Sindicais “tem priorizado a amplitude na construção do diálogo social. No dia 1º de agosto, por exemplo, representei as seis centrais sindicais no ato do Direitos Já, em defesa da democracia, por eleições limpas e respeito ao voto e à manifestação nas urnas, um evento que teve uma grande repercussão”.
Sérgio Nobre, presidente da CUT, disse ao portal da entidade que a central “vai apoiar todas as iniciativas, manifestos e ações feitas em defesa da democracia, do sistema eleitoral, das urnas eletrônicas, independentemente de onde se originaram”.
O ponto alto desse processo de mobilização neste mês serão os atos marcados para o dia 11 de agosto. Nesta data, evento na Faculdade de Direito da USP, às 11h, terá a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!”, que já conta com mais de 715 mil assinaturas.
Também no dia 11, em todo o Brasil, serão realizadas as manifestações “Fora Bolsonaro: Em defesa da democracia e por eleições livres”. E como a data comemora o Dia do Estudante e os 85 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE), a entidade também estará presente e está convocando a juventude a participar.
“Vamos às ruas no dia 11 de agosto em defesa da democracia, pela garantia das eleições e o fim dos cortes na educação. Não daremos paz ao inimigo número 1 da educação, ocuparemos as ruas para denunciar mais uma vez a todo Brasil o verdadeiro descaso com a educação promovido pela falta de gestão do governo Bolsonaro. Esperamos todos os estudantes nesse momento”, destacou a presidenta da UNE, Bruna Brelaz, pelas redes sociais.
Para Adilson Araújo, “o Brasil certamente terá de dar a volta por cima, sacudir a poeira para que a gente possa reconstruir a nação e empoderar o nosso povo tão sofrido, um povo que é vítima do negacionismo, que sofre o efeito devastador do desemprego, do desalento, da informalidade, da fome crescente, um desastre social, econômico e político provocado por essa horda fascista”. E conclui: “Por isso, é fundamental que a gente possa seguir unidos, ampliando o leque de alianças e colocando no centro a bandeira do Brasil da esperança”.
Confira abaixo a agenda de atividades marcadas até este momento e mobilize-se.
AGOSTO:
05/08: Conferência Nacional Livre, Democrática e Popular da Saúde, em São Paulo
10 a 12/08: Aquilombar – Ação Quilombola em Brasília
11/08, 11h: Leitura da Carta aos Brasileiros na Faculdade de Direito da USP
11/08: MOBILIZAÇÃO NACIONAL – FORA BOLSONARO: Em defesa da democracia e por eleições livres
SETEMBRO:
05/09 – Dia da Amazônia
07/09 – Grito dos Excluídos
10/09 – MOBILIZAÇÃO NACIONAL: Em defesa da democracia, por eleições livres
por Priscila Lobregatte