No mês de julho o valor da cesta básica do paulistano teve alta de 1,24%, segundo levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na comparação anual, a pesquisa aponta alta de 18,98%.

O preço médio que em 30 junho de 2022 era de R$ 1.251,44 passou para R$ 1.266,92 em 29 de julho deste ano. Em julho de 2021, o valor da cesta básica foi estimado em R$ 1.064,79. Hoje, o salário mínimo está R$ 1.212, ou seja, com o piso mínimo não dá para comprar a cesta. E, em meio a carestia, a queda da renda e o endividamento recorde, o governo Bolsonaro prevê um salário mínimo de apenas R$ 1.294 em 2023, sem aumento real. A última vez que o salário mínimo teve aumento real foi em 2019.

Por três meses seguidos, o valor da cesta básica na capital paulista supera o salário mínimo. Em maio, o valor da cesta foi de R$ 1.226,12.

De acordo com o levantamento, Alimentação (1,37%) e Higiene Pessoal (2,29%) são os grupos que mais pesaram no bolso dos consumidores paulistanos na passagem de junho para julho. Por outro lado, o grupo Limpeza apresentou queda de -2,47%.

Dos 39 produtos pesquisados, 21 apresentaram alta, 17 diminuíram de preço e 1 permaneceu estável. Entre os destaques no mês, estão: Leite UHT litro (24,82%), Queijo Muçarela Fatiado kg (15,39%), Leite em Pó Integral 400g (11,02%), Papel Higiênico Fino Branco com 4 unidades (7,89%) e Sabão em Barra unidade (6,38%).

No acumulado dos últimos doze meses, todos os grupos apresentaram altas acima dos dois dígitos. Alimentação (18,32%), Limpeza (22,43%) e Higiene Pessoal (24,45%).

Em um ano, os três produtos que apresentaram as maiores altas foram: cebola Kg (85,58%), batata Kg (80,63%) e leite longa vida litro (71,90%)