Dia marcado por manifestações que tiveram início pela manhã e se estenderam até a noite em várias cidades do país, o 11 de agosto escreveu mais um importante capítulo da história de lutas do povo contra o golpismo. Manifestantes se reuniram em atos e caminhadas e leram a carta da Faculdade de Direito da USP, evidenciado o apoio de diversos setores da sociedade à luta para que o processo eleitoral se dê de maneira soberana, democrática e pacífica.
Um grande ato tomou a Candelária, no Rio de Janeiro, para exigir respeito ao sistema eleitoral, à Constituição e à democracia. Lideranças políticas e sociais participaram da manifestação. “A democracia não aceita mais nenhum recuo”, disse a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
O deputado federal Glauber Braga (PSol) destacou que “enquanto eles anunciaram os cortes na Educação, o orçamento secreto tem R$ 16 bilhões para comprar deputados institucionalmente. É ocupando as ruas que vamos fazer com que esse jogo seja virado”. Outros atos já haviam ocorrido em universidades do Rio de Janeiro pela manhã.
Nordeste presente
O estado da Paraíba teve atos em ao menos duas importantes cidades: João Pessoa e Campina Grande. Na capital, uma caminhada partiu do Lyceu Paraibano — onde um estudante fez a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” — até o Ponto de Cem Réis. Em Campina Grande, a manifestação se concentrou na Praça da Bandeira.
Em Natal (RN), as manifestações tiveram início na avenida Salgado Filho, Zona Leste da capital e se encerraram na na Zona Sul. Com cartazes e faixas, os participantes pediram respeito ao processo eleitoral e rechaçaram Bolsonaro. Também houve plenária de estudantes no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Natal-Central.
Centenas de pessoas também se reuniram no Recife em defesa da democracia e contra o golpismo. A concentração foi em frente ao Ginásio Pernambucano. Entoando palavras de ordem, estudantes também defenderam a educação e repudiaram o golpismo bolsonarista. Pela manhã, também foi realizado ato na Faculdade de Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de Pernambuco, quando foi feita a leitura da carta da USP, com a participação da vice-governadora, Luciana Santos.
A data também não passou em branco em Sergipe. No final da tarde, um ato aconteceu na Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Campus da UFS em São Cristóvão, na Grande Aracaju. Após a leitura, foi feita caminhada pela região.
A capital maranhense também foi palco de manifestação pelo Estado democrático de direito. O local escolhido para o encontro foi a Praça Deodoro, no centro, de onde os manifestantes seguiram até a Biblioteca Benedito Leite, onde foi feita a leitura da carta da USP.
Norte e Centro-Oeste
No Amazonas, houve atos pela manhã e à tarde em Manaus e também nas cidades de Parintins e Tefé. Reunidos na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), os manifestantes fizeram a leitura da carta da USP e ressaltaram a importância da luta pela democracia. À tarde, o ato se concentrou na Praça da Saúde, onde também foi feita a leitura do manifesto.
Em Rio Branco (AC) o ato aconteceu ainda pela manhã, no restaurante da Universidade Federal do Acre (Ufac). A capital de Roraima, Boa Vista, também contou com ato realizado no Instituto Insikiran, na Universidade Federal de Roraima (UFRR) e caminhada até a Avenida Ene Garcez.
Macapá (AP) também teve a leitura da carta na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Os manifestantes pediram respeito ao voto e rechaçaram Bolsonaro. Também estavam previstos atos em Belém (PA) e Porto Velho (RO).
A leitura do manifesto foi feita, ainda, em ato realizado em Goiânia (GO), com caminhada que teve início na Praça Universitária e seguiu até a Praça do Bandeirante. Cuiabá (MT) também marcou presença nos atos pela democracia com a leitura da carta em atos na Casa das Pretas e no auditório do colégio Liceu Cuiabano.
Por Priscila Lobregatte
Com agências