Boletim produzido numa parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Observatório das Metrópoles e Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL) revelou uma verdadeira tragédia social no governo Bolsonaro. O número de pessoas em situação de pobreza nas metrópoles brasileiras chegou a 19,8 milhões em 2021.
Trata-se do maior patamar da série histórica iniciada em 2012, enquanto mais de cinco milhões de brasileiros estão abaixo da chamada linha de extrema pobreza. De acordo com o levantamento, a taxa de pobreza entre 2014 e 2021 saltou de 16% para 23,7%. Isso demonstra que 7,2 milhões de pessoas entraram em situação de pobreza nas metrópoles brasileiras em sete anos.
Os números repercutiram no parlamento. O líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE), diz que a população foi abandonada pelo atual governo. “São quase 20 milhões de brasileiros em situação de pobreza. É o maior nível em 10 anos, informa o 9º Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que analisou dados das 22 principais áreas metropolitanas do país. É o resultado de um governo que não tem olhos para as necessidades da população”, criticou.
Para ele, o corte do auxílio emergencial, disparada da inflação, desemprego são alguns exemplos do descaso de Bolsonaro com o povo. “Um governo que em 4 anos não foi capaz de estruturar políticas públicas. Só destruiu o que havia em todas as áreas. É hora de mudarmos os rumos do nosso país!”, afirmou.
“O Brasil de Bolsonaro é uma tragédia social. São 20 milhões de pessoas em situação de pobreza só nas regiões metropolitanas das grandes cidades, quase 25% da população dessas áreas. Com a inflação, 3,8 milhões de pessoas entraram na pobreza desde 2020”, lamentou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).