Na expectativa de conseguir um aumento real no número de candidaturas femininas em Belo Horizonte e Minas Gerais, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lança nesta segunda-feira (27), a campanha “Mulheres comuns querem poder”. Trata-se de uma ação em prol de todas as mulheres – nascidas ou tornadas – e que dá suporte para que elas se candidatem nas eleições municipais.
O lançamento da campanha será feito por um debate transmitido ao vivo pelas páginas do Facebook do PCdoB Minas e PCdoB Belo Horizonte. Participam da conversa Vanessa Grazziotin, Secretária de Mulheres do PCdoB; Wadson Ribeiro, Presidente do PCdoB MG; Jô Moraes, Presidenta do PCdoB BH; Barbara Ravenna, Presidenta da União Brasileira de Mulheres de Minas Gerais-UBM MG e presidenta dos Conselhos Estaduais de Juventude e da Mulher MG; e Julia Inez Botelho Aguilar, Secretária de Mulheres PCdoB MG.
“Desde o começo da luta das mulheres sufragistas – na década de 1930 – até os dias de hoje, as mulheres tentam mais espaços no poder. E ainda somos apenas 15% da câmara dos deputados, por exemplo. É por isso que esta eleição será uma oportunidade fundamental para que mulheres comuns queiram o poder, disputando as câmaras de vereadores e prefeituras. Por isso continuamos insistindo. Nós queremos o poder e o teremos”, comenta a presidenta do PCdoB de Belo Horizonte, Jô Moraes.
O público poderá mandar perguntas em tempo real e o evento contará com tradução em libras para permitir a acessibilidade do debate.
Mulheres na política
Nas últimas eleições, em 2018, foram mais de 77 milhões de eleitoras em todo o país segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – representando 52,5% do total dos 147,5 milhões de votantes. Entre as 147,5 milhões de pessoas aptas a se candidatar no último pleito, apenas 9.204 (31,6%) foram mulheres concorrendo a um cargo eletivo. Dessas, apenas 209 foram eleitas. Um número muito pequeno mas que já representou um aumento de 52,6% em relação a 2014.
A expectativa é de que as eleições municipais sigam essa tendência de aumento entre mulheres eleitas e a campanha “Mulheres comuns querem o poder” chega para desmistificar a política e destacar a necessidade de um aumento significativo na representatividade das mulheres na política institucional.
PCdoB, Partido das mulheres
A igualdade entre homens e mulheres na política é uma das bandeiras de luta do PCdoB e isso traz resultados importantes ao partido, como a sua representação no Congresso e o protagonismo de suas parlamentares. No recorte de gênero da pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que aponta os deputados, deputadas, senadores e senadoras mais influentes, o Partido Comunista do Brasil é o que apresenta mais mulheres na lista. Das 77 deputadas e 13 senadoras brasileiras, apenas 10 deputadas e duas senadoras integram o grupo dos mais influentes. O PCdoB é o único partido com três deputadas nessa lista: a líder da legenda Perpétua Almeida (AC) e as vice-líderes da Minoria, Alice Portugal (BA) e Jandira Feghali (RJ).
Além disso, o PCdoB é a legenda que tem, proporcionalmente, a maior presença de mulheres, sendo quatro mulheres em um total de oito parlamentares. Isso mostra a preocupação com a representatividade dentro do partido e sua força feminina no Congresso reforça a importância de eleger cada vez mais mulheres. Entre as atuações mais simbólicas das comunistas na Câmara está a participação da deputada Jandira Feghali na implantação da Lei Maria da Penha, que combate a violência contra a mulher. Ela foi relatora da lei e segue defendendo essa pauta até hoje.
SERVIÇO
O que? LIVE: Lançamento da Campanha “Mulheres Comuns querem poder”
Quando? Segunda-feira (27 de julho)
Horário: 19h
Onde? https://www.facebook.com/pcdobmg ou https://www.facebook.com/pcdobbelohorizontemg
Contato: Bábara Ferreira – (31) 99869-1159